Abertura da Copa do Mundo no Brasil

Abertura da Copa do Mundo no Brasil

Que vergonhoso. . .
Abertura da Copa do Mundo “esquece” exoesqueleto e o pontapé dado por um jovem paraplégico.
Um dos momentos mais esperados, porém, era o pontapé inicial de um jovem paraplégico que estava em um aparelho, criado por um projeto científico do brasileiro Miguel Nicolelis.
O gesto não estava citado no programa prévio da cerimônia divulgado pela Fifa à imprensa, e houve críticas no Twitter por parte de torcedores à Globo que por terem perdido o chute na bola.
Outra questão contestada nas redes sociais é que o jovem fez o chute na parte lateral do campo.

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Essa imagem, que você está vendo foi o ápice da Abertura da Copa.
Mostrando que não só o Brasil é capaz de organizar eventos de nível mundial, mas também acreditamos e investimos em ciência e tecnologia.
Nem de longe é uma solução, mas uma prova de conceito, uma demonstração da pesquisa feita pelo neurocientista Miguel Nicolelis e sua equipe da Duke University.

Eles conseguiram desenvolver sistemas de biofeedback que permitiam a macacos controlar com o cérebro membros robóticos, e recentemente chegaram a recuperar o sentido do tato.
A pesquisa apresentada, fruto de uma promessa de quatro anos, foi cumprida: um paraplégico, vestindo um exoesqueleto deu o chute inicial da Copa do Mundo.

Isso, claro, se você acreditar nas palavras de Nicolelis, pois todo mundo que viu a abertura da Copa, cortesia da Tia Mariângeles e a turma de Arte & Artesanato da 5ª Série da Escola Municipal Tancredo Neves, achou que o trabalho de Nicolelis estava mais para Flash do que Homem de Ferro.
Vendido (e comprado) como ponto-alto da abertura da Copa, o Exoesqueleto se resumiu a isto:

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Isso mesmo… Tela dividida, Galvão Bueno narrava a IMPORTANTÍSSIMA chegada do ônibus com a Seleção Brasileira, enquanto ignorava a demonstração tecnológica de um dos raros brasileiros que não se destaca com os pés ou com a bunda.
Não é exagero.
Em tela dividida foram TRÊS SEGUNDOS, sem nenhuma menção, para em seguida cortar para o ônibus.

A Ciência foi colocada literalmente para escanteio.
A apresentação ficou restrita ao canto do gramado.
A justificativa da FIFA?
O Exoesqueleto era muito pesado e iria danificar o gramado delicado criado pela vó.
Claro, com certeza um exoesqueleto pesa muito mais do que um palco-bola com motores.
Pombas, a bunda da Jennifer Lopez pesa mais que o exoesqueleto e não foi proibida de acompanhar a dona pelo gramado.

No Twitter comentaram que a apresentação fez sentido, mostrou a exata atenção que o Brasil dá a Ciência e Tecnologia.

Por isso, meninos e meninas, nosso programa espacial tem datilógrafos.
Quase nada fazemos e quando fazemos, não valorizamos.
O piloto de provas do exoesqueleto estava usando um lenço cedido pela família de Santos Dumont, um gesto simbólico unindo invenções e inventores separados por mais de 100 anos.
Mas isso não interessa, melhor ver uma bosta de um ônibus.

Isso me faz ver o quanto estamos atrasados.
Nas Olimpíadas nos EUA, em 1984, o mundo se deslumbrou ao ver um homem voar.

 
30 anos depois não conseguimos ver um homem andar.
Créditos:
http://www.themediafire.net/
http://meiobit.com/

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